Durante um certo tempo as pessoas esqueceram da cristaleira. O ritmo de vida se tornou acelerado e as pessoas procuravam mais por praticidade do que requinte.
Criada na Inglaterra, no século XVII, a cristaleira só chegou ao Brasil na vinda da Corte Portuguesa em 1808. Era considerado um móvel de status, por ser destinado a guardar as peças em cristais, objetos que só as famílias ricas possuíam. Após a inserção da república, a cristaleira se popularizou e entrou na casa de famílias da classe média. Entretanto, após algumas décadas, com o crescimento acelerado da população e a construção em massa de prédios com apartamentos cada vez menores, a cristaleira foi descartada da decoração por não caber no ambiente ou mesmo por questões econômicas. Além disso, o costume de receber muitos convidados em casa se dissipou e não havia mais motivos para se ter várias louças e copos.
Com o avanço da tecnologia mobile e o boom das redes sociais, as pessoas passaram a consumir mais conteúdo de seu interesse e, assim, surgiram perfis que focavam em decoração, por exemplo. Acompanhar as dicas, tendências e os perfis destinados à decoração aflorou novamente a moda da cristaleira.
Hoje em dia, é possível encontrar cristaleiras vintage que foram passadas pelas gerações dentro das famílias. Algumas tem estilo mais barroso, com adornos e portas mais reforçadas.
Existem as cristaleiras clássicas, que remetem ao básico, sem muito enfeites como as de modelo antigo, mas resistentes. Geralmente, possuem as bordas um pouco arredondadas, assim como os pés.
Há ainda as cristaleiras minimalistas, que pode vezes chegam a remeter as décadas de 1950, 1960 e 1970, quando ainda eram mais comuns. Possuem design mais clean, portas todas em vidro e pés em formato de palito.
Existem também as cristaleiras inovadoras que cabem seu design à criatividade dos arquitetos e projetistas. Podem tem formas e serem feitas de materiais variados. Não há regras para este tipo de móvel.